O Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M) é um indicador econômico amplamente utilizado no Brasil, especialmente no setor imobiliário. Calculado mensalmente pela Fundação Getulio Vargas (FGV), o IGP-M reflete a variação dos preços de um amplo conjunto de bens e serviços, sendo um dos principais referenciais para o reajuste de contratos de aluguel, tarifas públicas, entre outros.
Composição do IGP-M
O IGP-M é composto por três índices:
- Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA): Representa cerca de 60% do IGP-M e mede a variação dos preços no atacado, incluindo matérias-primas e bens intermediários.
- Índice de Preços ao Consumidor (IPC): Com peso de 30% no IGP-M, mede a variação dos preços de produtos e serviços para o consumidor final.
- Índice Nacional de Custo da Construção (INCC): Com peso de 10%, acompanha a variação dos custos da construção civil.
Importância do IGP-M para o Setor Imobiliário
O IGP-M é fundamental para o mercado imobiliário porque:
- Reajuste de Aluguéis: É a principal referência para o reajuste dos contratos de aluguel residencial e comercial. Por exemplo, um contrato de aluguel pode ser ajustado anualmente com base na variação do IGP-M, protegendo os proprietários da desvalorização do valor recebido e ajustando o valor dos aluguéis conforme a inflação.
- Valorização de Imóveis: Influencia as expectativas de valorização ou desvalorização dos imóveis, afetando decisões de compra e venda.
- Planejamento e Orçamento: Tanto inquilinos quanto proprietários utilizam o IGP-M para planejar suas finanças, prevendo possíveis aumentos nos custos de aluguel.
Resultados Recentes do IGP-M
De acordo com os dados mais recentes da Fundação Getulio Vargas, o IGP-M registrou uma alta de 0,89% em maio de 2024. No acumulado do ano corrente, o índice apresentou uma alta de 0,28%. No entanto, ao analisar o acumulado dos últimos 12 meses, o IGP-M registrou uma variação negativa de 0,34%. Este comportamento reflete a instabilidade nos preços de commodities e produtos agrícolas, além de outros fatores econômicos.
Utilização do IPCA nos Contratos de Locação
Nos últimos anos, tem se tornado comum a utilização do Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) como índice de reajuste dos contratos de locação. O IPCA, calculado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), é o índice oficial de inflação do Brasil e oferece maior estabilidade e previsibilidade em comparação ao IGP-M. Devido a essas características, muitos locadores e locatários têm optado pelo IPCA para reajustar os valores de aluguel, buscando uma melhor previsibilidade financeira e menos volatilidade.
Impactos no Mercado Imobiliário
Com a recente alta mensal do IGP-M e a variação acumulada negativa ao longo dos últimos 12 meses, os contratos de aluguel que utilizam este índice para reajuste podem sofrer ajustes complexos. Inquilinos podem experienciar um alívio momentâneo em seus custos, enquanto proprietários precisam estar atentos às flutuações para planejar suas receitas. Por outro lado, a adoção do IPCA pode trazer maior estabilidade, beneficiando ambas as partes com reajustes mais previsíveis e menos sujeitos a oscilações bruscas.
Conclusão
O IGP-M é um indicador crucial para o mercado imobiliário, oferecendo uma medida de proteção contra a inflação e ajudando a ajustar os valores de aluguel conforme as condições econômicas. Na Âncora Imobiliária, estamos comprometidos em fornecer a você informações atualizadas e suporte para que suas transações imobiliárias sejam seguras e transparentes. Para mais informações e orientação sobre como o IGP-M e o IPCA podem impactar seus contratos, entre em contato com nossa equipe especializada.
https://portal.fgv.br/noticias/igp-m-resultados-2024
- Próximo Artigo Qual o papel de um síndico?